O BCP quer participar no concurso de venda do Novo Banco, admitiu o presidente Nuno Amado, vincando que isso só é possível se houver autorização da Comissão Europeia.
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"Se tivermos oportunidade de analisar o processo assim o faremos. Mas não depende de nós. Neste momento, depende das negociações entre o Estado português e a Comissão Europeia, porque temos um impedimento", avançou em conferência de imprensa o líder do BCP.
O ideal era que algumas instituições financeiras portuguesas pudessem concorrer
Em causa estão os 750 milhões de euros de instrumentos híbridos (CoCo) que o BCP ainda não devolveu ao Estado português, sendo que ainda esta segunda-feira Nuno Amado adiantou que vai pedir autorização ao Banco Central Europeu (BCE) durante o presente mês para reembolsar até 250 milhões de euros destes instrumentos.
"Acho que é fundamental, porque estamos a entrar numa fase decisiva, que [o processo de venda conduzido pelo Banco de Portugal] evolua de uma maneira diferente da do passado. Terá que se concluir", vincou Nuno Amado.
"É fundamental que esse processo tenha, na minha perspetiva, o maior número de concorrentes possível e o mais diversificado possível. Nesse sentido, o ideal era que algumas instituições financeiras portuguesas pudessem concorrer", assinalou.
E reforçou: "Se nos derem essa possibilidade, estudaremos o processo. O alargamento do número de concorrentes era interessante. Sabemos que não é fácil, nem depende de nós, mas acho que é muito importante".