A bitcoin, a criptomoeda mais utilizada, fixou esta quinta-feira um novo recorde histórico, perto dos 98 mil dólares (93 mil euros), com o mercado a prever que o presidente eleito dos EUA implemente legislação menos restritiva.
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A maior criptomoeda por capitalização atingiu um novo máximo de 97.892 dólares (92.906,9 euros) por volta das 6.30 horas (hora de Portugal continental), de acordo com dados da agência Bloomberg.
Desde a vitória de Trump nas presidenciais, no dia 5 de novembro, esta criptomoeda regista uma valorização superior a 35%.
"O bitcoin está a caminho de uma avaliação fenomenal de 100 mil dólares [95 mil euros], impulsionado pela crescente confiança de que a administração Trump inaugurará uma era favorável à criptografia, e os especuladores estão a unir-se por trás desta narrativa, alimentando o frenesim" do mercado, explica Stephen Innes, analista da consultoria SPI Asset Management.
Entre as medidas esperadas pelo setor das criptomoedas, está a criação de uma reserva estratégica nos Estados Unidos, composta maioritariamente por bitcoins apreendidas pela justiça, algo que poderá levar outros países a conceder mais legitimidade a esta moeda virtual.
Para o constituir, o Governo norte-americano comprometer-se-ia a não vender mais as bitcoins já na sua posse, principalmente apreendidos no âmbito de processos judiciais.
O presidente eleito prometeu ainda aliviar drasticamente as regulamentações sobre o setor da moeda digital, certificando que faria dos Estados Unidos "a capital mundial da bitcoin e das criptomoedas".
Em particular, prometeu substituir Gary Gensler, o chefe do regulador dos mercados financeiros americanos, a SEC, que tem sido acusado pelos investidores em criptomoedas de ter uma abordagem repressiva ao setor.