A falta de interessados declarados na compra do Banco Português de Negócios e o aproximar do fim do prazo imposto pelo memorando da Troika para a conclusão da operação (fim de Julho) estão a empurrar o banco para a liquidação. Esta é a terceira tentativa de venda do banco.
Corpo do artigo
O processo de privatização do BPN em curso é a última oportunidade, para se evitar a sua liquidação, que resultaria em custos de cerca de seis mil milhões de euros para as finanças públicas, de acordo com fontes contactadas pelo Dinheiro Vivo.
Teixeira dos Santos afirmou hoje à Lusa que, nestes últimos dias em funções, está a trabalhar na reprivatização do BPN, onde "estão a ser feitos progressos". No entanto, entre os potenciais interessados na operação, a situação de impasse mantém-se.
De acordo con contactos feitos pelo Dinheiro Vivo, nem o Montepio, nem o Banco BIC Portugal receberam a necessária informação financeira aprofundada sobre o BPN, para poder fazer uma proposta.
"Cotinuamos na mesma, sem qualquer informação", disse Mira Amaral, presidente executivo do BIC Portugal, para quem o cenário de liquidação é o decorrente da imposição da Troika,perante a ausência de compradores.
Também o presidente do Montepio, outro dos declarados interessados, referiu que ainda não tem elementos para decidir. Na semana passada, estes dois responsáveis tinham já adiantado ao Dinheiro Vivo que sem informação não podiam avançar.
Entre os restantes bancos a operar em Portugal apontados como potencias compradores, o Barclays e o BBVA, nenhum deles está interessado em comprar o BPN.
Resta o interesse de investidores internacionais, entre os quais chineses, que estarão em contacto com o adviser internacional da operação, o Deutsche Bank.
*Dinheiro Vivo