A Comissão Europeia afirmou esta quinta-feira que a economia cipriota é "saúdavel" e rejeitou que a zona euro esteja a preparar qualquer plano de ajuda para o Chipre.
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"Neste momento, não está a ser discutido qualquer plano de ajuda" financeira, afirmou o porta-voz do comissário europeu para os Serviços Financeiros, Chantal Hugues, acrescentando não ter havido ainda qualquer "alteração fundamental" no que concerce ao Chipre.
A Comissão Europeia entende que "a situação não se alterou" havendo, no entanto, "decisões a tomar sobre as reformas, mas nenhuma alteração fundamental" até ao momento, acrescentou o responsável.
Na quarta-feira, a Fitch baixou a classificação da dívida de longo prazo do Chipre em dois níveis, de A- para BBB, colocando-a ainda com perspectiva negativa, informou a agência de notação financeira em comunicado, justificando que a descida "reflecte a derrapagem orçamental actual e antecipada".
O défice orçamental do Chipre situou-se nos 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre, um aumento face aos 1,9 por cento registados no mesmo período de 2010, segundo o Ministério das Finanças do país.
No entender da Fitch, este Estado-membro da zona euro "não poderá aceder aos mercados internacionais" para refinanciar a dívida que vence em 2011 e 2012.
A Fitch estima que, em 2012, o Chipre vai precisar de ajuda externa para financiar a sua dívida já que, com as reservas de caixas no mínimo, o Governo vai ter de devolver 1.200 milhões de euros em dívida nos dois primeiros meses de 2012.
A pressão dos mercados sobre o Chipre levou a Comissão Europeia a garantir, no início de Agosto, que não tem "sobre a mesma" nenhum plano de ajuda ao pequeno país, assim como à Espanha e à Itália e Chipre.
Na quarta-feira, o Governo de Chipre adotou um pacote de medidas de austeridade que será apresentado esta quinta-feira ao Parlamento.