A Comissão Europeia reviu em alta de 2,4 pontos percentuais (p.p.) a taxa de inflação para Portugal, para 6,8% este ano, ainda que abaixo dos 7,6% previstos para a zona euro.
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De acordo com as previsões macroeconómicas intercalares, divulgadas esta quinta-feira, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) deverá subir em Portugal de 0,9% em 2021 para 6,8% em 2022, antes de cair para 3,6% em 2023.
Em maio, Bruxelas previa que a inflação subisse em Portugal para 4,4% em 2022, caindo para 1,9% em 2023.
A previsão de Bruxelas supera a do Governo, que estima uma taxa de inflação de 4% para este ano.
O executivo comunitário também reviu em alta a previsão para a zona euro e para a média da União Europeia, esperando máximos históricos em 2022, em 7,6% na zona euro e 8,3% na União Europeia, antes de diminuir em 2023 para 4% e 4,6%, respetivamente.
Bruxelas recorda que "a inflação global, até junho, atingiu máximos recordes à medida que os preços da energia e dos alimentos continuaram a crescer e as pressões sobre os preços se alargaram aos serviços e outros bens", o que levou a uma nova revisão "consideravelmente em alta" face à projeção da primavera.
Na zona euro, a inflação homóloga cresceu fortemente no segundo trimestre de 2022, de 7,4% em março para um novo máximo histórico de 8,6% em junho.
Na UE, o aumento foi ainda mais pronunciado, com a inflação a subir de 7,8% em março para 8,8% em maio.
Além do forte aumento dos preços no segundo trimestre, pesa também nas estimativas comunitárias "um novo aumento dos preços europeus do gás", que passa para os consumidores também através dos preços da eletricidade, dada a configuração da rede energética europeia, assinala Bruxelas.