Meia dúzia de camiões da empresa TNC preparam-se para encabeçar a manifestação da CGTP "contra a austeridade e injustiças" que, esta tarde de sábado, estava prestes a sair da Praça do Saldanha, em Lisboa.
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Os trabalhadores da TNC têm, nos últimos tempos, feito várias concentrações junto do Campus da Justiça e do Ministério da Economia a reclamar o pagamento de salários - que não recebem há dois meses -, e a contestar as cartas de despedimento enviadas pela empresa que foi declarada insolvente.
Esta sábado, aproveitaram a manifestação para, mais uma vez, dar voz aos seus protestos juntando-se aos milhares de trabalhadores que a organização concentra na acção.
Atrás dos camiões da TNC segue o executivo da central sindical e depois a Interjovem, que se faz acompanhar pelo grupo Homens da Luta, que prometem animar os manifestantes com várias canções e palavras de ordem.
Logo atrás vão manifestar-se trabalhadores do distrito de Leiria, liderados pelos trabalhadores da fábrica de cerâmica das Caldas da Rainha Bonvida, que estão em luta há alguns meses numa tentativa de evitar o encerramento da empresa.
A praça do Saldanha é pequena para albergar os manifestantes que já se concentram e continuam a chegar em autocarros da zona sul e centro do país.
Ao som de música de intervenção, o desfile prepara-se para arrancar rumo aos Restauradores colorido pelas bandeiras sindicais, predominantemente vermelhas, e as faixas alusivas às reivindicações de cada sector, que convergem na defesa do emprego, salários e direitos sociais e laborais.
A CGTP convocou para esta sábado, em Lisboa e no Porto, duas manifestações "contra o empobrecimento e as injustiças", porque considera que as medidas de austeridade que têm sido impostas aos portugueses levam à recessão económica e consequentemente ao aumento do desemprego e da precariedade.