O PCP afirmou que "o cancelamento da privatização da TAP" é "uma vitória dos trabalhadores" e de "todos os que se insurgiram" contra esta intenção, advertindo que "nenhum Governo tem o direito de destruir" a companhia aérea.
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"O fim deste processo, o anunciado cancelamento da privatização da TAP, é desde logo uma vitória da dignidade, da coragem e da firmeza dos trabalhadores da TAP e de todos aqueles que naquele país lutaram e continuam a lutar em defesa da companhia aérea de bandeira do nosso país", afirmou o deputado comunista Bruno Dias.
Bruno Dias referiu que "esta é a vitória de uma batalha, numa luta que vai continuar".
O Governo anunciou hoje que decidiu recusar a proposta de compra do grupo Synergy para a TAP, o único concorrente à privatização da companhia aérea nacional.
"O Governo decidiu não aceitar a proposta apresentada para a adjudicação da TAP", anunciou Marques Guedes, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
O parlamentar comunista advertiu que "nenhum Governo tem o direito de destruir uma das mais importantes empresas do país" e lembrou a tentativa de compra da TAP pela Swissair, em 2001: "A TAP não foi vendida à Swissair, foi isso que salvou a TAP".
Bruno Dias considerou ainda que "há uma história muito mal contada" sobre as limitações impostas pela União Europeia ao financiamento de empresas e "relativamente à obrigatoriedade e urgência de entregar esta companhia aérea a privados".
"Por essa Europa fora há várias companhias aéreas que foram capitalizadas pelo acionista Estado, por Estados-membros da União Europeia, que reforçaram o capital social das empresas e nada aconteceu", referiu.
Apesar da recusa do Governo em vender a TAP ao grupo Synergy, de German Efromovich, o deputado do PCP defendeu que "a situação não está do ponto de vista político ultrapassada," mas "esta é uma batalha muito importante ganha numa luta que vai ter de continuar".