Daniela Amorim tem usado autocaravana que os pais lhe deram de presente para conhecer Portugal e Espanha
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A história de Daniela e “Amália” é antiga, conheceu altos e baixos e tem levado a muitas voltas a Portugal e a algumas incursões ao país vizinho. Daniela Amorim é uma networker do concelho de Paredes que acumula funções de administrativa numa empresa familiar. E “Amália”, uma autocaravana de 1988.
A autocaravana foi uma oferta dos pais de Daniela que, há “muitos anos”, viram num veículo “antigo mas estimado”, de 1988, a possibilidade de um “bom negócio”. A nova proprietária ainda deu uma ou outra volta nela, mas entretanto foi trabalhar para Angola durante oito anos e não a utilizou sequer nas férias. Foi só em 2019, quase 15 anos depois da oferta, que Daniela decidiu dar um novo impulso à relação e a começou a utilizar com regularidade.
Decidiu dar à autocaravana o nome “Amália” precisamente numa altura em que uma amiga a levara emprestada para percorrer a Costa Vicentina. A amiga aproveitou logo para a “batizar” com água da praia da Amália. E, para que ninguém se engane, Daniela decorou-a a preceito, com o nome estampado na carroçaria.
Apesar da provecta idade, a autocaravana Amália já foi ao Algarve e cruzou a fronteira até Espanha. Às vezes com as mãos de Daniela ao volante, outras, com amigos de confiança a quem Daniela cede o veículo. A autocaravana vai passear várias vezes por ano, acumulando no currículo viagens de fim de semana ou de vários dias. “Sempre que tenho um fim de semana prolongado ou um em que consigo sair cedo, organizo-me e vou”, conta ao JN.
Os passeios de Daniela, geralmente com amigas ou com familiares, decorrem, sobretudo, entre os meses de março e outubro, já que a autocaravana “não tem aquecimento”, o que tornaria o seu uso menos convidativo. A próxima partida já está marcada e tem como destino Viana de Castelo.
A autocaravanista revela que não tem por hábito ficar dentro de parques de campismo e garante que nunca teve problemas pelos locais por onde tem passado ao longo dos anos, apesar de achar que “há poucas” estruturas de apoio a este tipo de turismo. “Só quando vou com as minhas filhas, por uma questão de maior conforto e segurança, é que fico em parques de campismo”, acrescenta Daniela.
O “amor” entre Daniela e a autocaravana “Amália” foi tardio, mas promete ser duradouro. “Gosto muito, pela sensação de liberdade que me dá. Tenho vindo a aprender como tornar as viagens mais confortáveis”, revela.