O português Carlos Tavares abandonou este domingo o cargo de administrador executivo da Stellantis, a gigante multinacional do setor automóvel. Em comunicado, a empresa confirma a demissão e fala em “diferentes visões” entre o português e a administração.
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A demissão acontece num momento em que o grupo anunciou uma quebra de 40% na faturação e em que se aventou a possibilidade de encerramento de fábricas.
“O Conselho de Administração da Empresa, sob a presidência de John Elkann, aceitou hoje a renúncia de Carlos Tavares de seu cargo de administrador executivo, com efeito imediato”, refere o comunicado da empresa.
Sem avançar com justificações concretas para a saída, o comunicado elogia a relação entre Carlos Tavares e o Conselho de Administração. No entanto, também ressalva que, “nas últimas semanas, diferentes visões surgiram, o que resultou na decisão do Conselho e do administrador executivo”.
O presidente do Conselho de Administração da Stellantis, John Elkann, agradeceu ao português “pelos seus anos de serviço dedicado e pelo papel que desempenhou na criação da Stellantis, colocando-nos no caminho para nos tornarmos um líder global na nossa indústria”.
Até à nomeação do novo administrador executivo, cujo processo “já está em andamento”, a Stellantis vai ser gerida por um comité interino liderado por John Elkann.
Carlos Tavares já tinha anunciado a saída da Stellantis, há um mês e meio, mas disse que só aconteceria em 2026, altura em que se aposentaria. Na altura, a empresa confirmou que a saída só estava apontada para 2026.