Os carteiros do Entroncamento realizaram, esta quinta-feira, uma greve parcial e concentraram-se frente à estação de correios da cidade, manifestando "apreensão" face ao processo de privatização dos CTT .
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Durante a ação, os carteiros recolheram assinaturas "contra o encerramento de mais estações de correio" e em defesa da "reabertura das estações que encerraram".
Em declarações à agência Lusa, Dina Serrenho, representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), disse que a greve parcial hoje realizada tinha por objetivo "chamar a atenção para os perigos de uma eventual privatização dos CTT e lutar pela salvaguarda de um serviço público".
A dirigente do SNTCT disse que os CTT são o "garante do serviço público e universal dos correios, "imprescindível para as populações e economia nacional".
"Esta é uma empresa super-rentável, gera quase 50 ME por ano e seria um crime entregar este serviço público a particulares", defendeu, tendo adiantado que o SNTCT está também contra o encerramento de centros de tratamento de correio e contra a entrega dos transportes postais a empresas privadas.
"Temos falta de carteiros por evidente má gestão e visão economicista, com muitas horas que não estão a ser pagas, com distribuição a ser feita, em muitos casos, apenas duas vezes por semana, e estamos há quatro anos sem aumentos salariais e com as carreiras congeladas em termos de progressão", elencou.