Castelinho e Messias conquistaram medalha de ouro de excelência da Região do Douro
O Castelinho Premium e o Messias obtiveram a melhor pontuação e conquistaram este sábado, no Peso da Régua, as medalhas de ouro de excelência do primeiro concurso de Vinhos Engarrafados da Região Demarcada do Douro.
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Organizado pela Associação Empresarial - Nervir e Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, o concurso contou com a participação de 120 vinhos.
O júri atribuiu as pontuações mais elevadas - medalhas de ouro de excelência - na categoria DOC Douro ao Castelinho Premium, da Castelinho Vinhos, S.A, enquanto que na categoria Portos destacou o Messias, da Sociedade Agrícola e Comercial Vinhos Messias.
Marisa Ribeiro, enóloga desde 2001 da Castelinho, empresa sedeada em Lamego, referiu não estar à espera do prémio mas frisou que é um "reconhecimento nacional" deste vinho, que foi já premiado em outros concursos internacionais.
Depois de ter estado quase na falência, a Castelinho tem uma nova administração que, segundo a responsável, concretizou uma reestruturação da empresa que está a dar resultados positivos. "Pouca gente acreditava que conseguiríamos voltar a estar onde estamos hoje", salientou.
Esta produtora está a apostar na exportação, até por causa da crise interna, para países como Alemanha, França, Bélgica e Luxemburgo. Mercados como os Estados Unidos da América e Canadá estão a crescer e, a Castelinho, quer está em negociações para entrar na China e Japão.
O volume de vendas é de um milhão e quinhentas mil garrafas de DOC Douro.
A Messias não se fez representar na entrega dos prémios.
O primeiro concurso de Vinhos Engarrafados da Região Demarcada do Douro atribuiu ainda 13 medalhas de ouro e 19 de prata.
O presidente do IVDP, Luciano Vilhena Pereira, disse que o concurso foi organizado em menos de um mês, mas destacou os resultados obtidos.
"Revelaram-se grandes vinhos", sublinhou o responsável.
Vilhena Pereira explicou ainda que esta iniciativa "foi dirigida aos produtores do Douro que "têm menos força económica e visibilidade".
"O Douro tem grande produtores que estão já muito organizados e que levam os seus vinhos a todo o mundo com toda a facilidade. Têm estrutura económica para o fazer. Depois há outros pequenos produtores que não têm essa possibilidade ou organização", referiu. E esses, sublinhou, também precisam de mostrar os seus vinhos.
"É bom que se saiba que o Douro tem grandes vinhos, não apenas nas grandes marcas que já estão projectadas, mas também em muitas outras marcas que não aparecem nas revistas internacionais", frisou.
Este concurso teve ainda como objetivos promover os vinhos do Douro e Porto, estimular a produção de vinhos de qualidade, potenciar sinergias que ajudem à promoção dos vinhos durienses nos diferentes canais nacionais e internacionais e contribuir para a expansão da cultura do vinho.