O presidente da República considerou, esta sexta-feira, que a extensão das maturidades do empréstimo europeu concedido a Portugal é "uma decisão justa" e essencial para Portugal voltar aos mercados.
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"A informação que tenho é de que foi tomada uma decisão importante em Dublin, uma decisão justa, uma decisão que era essencial para que Portugal como nós desejamos volte aos mercados em devido tempo", afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas à saída da conferência internacional "Portugal na Balança da Europa e do Mundo", organizada pela Presidência da República, no âmbito dos "Roteiros para o Futuro".
Segundo o ministro das Finanças, a extensão das maturidades do empréstimo europeu concedido a Portugal depende da conclusão bem-sucedida da sétima avaliação da 'troika' à aplicação do programa de ajustamento português.
Vítor Gaspar, que falava aos jornalistas em Dublin, adiantou ainda que durante as reuniões desta sexta-feira dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) e da União Europeia (Ecofin) foi alcançado um acordo de princípio para a extensão, por sete anos, das maturidades dos empréstimos europeus concedidos a Portugal e à Irlanda.
"Foi acordado em princípio, e sujeito aos processos nacionais de validação parlamentar, sempre que apropriado, estender as maturidades dos empréstimos oficiais europeus por sete anos", afirmou o ministro.
Vítor Gaspar disse que esta "decisão de princípio" está também "sujeita, quer no caso português quer no caso irlandês, ao continuado sucesso na execução dos programas de ajustamento, especificamente, no caso português, à conclusão bem-sucedida do sétimo exame regular" da 'troika' e, no caso da Irlanda, da nona avaliação à aplicação do memorando de entendimento.