O ministro das Finanças sublinhou esta segunda-feira em Bruxelas que a meta do défice abaixo dos 3% do PIB este ano é "muito importante para o país" e assegurou que o Governo está a fazer tudo para a cumprir.
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"Essa é uma meta muito importante para o país. O Governo, como também temos reiteradamente dito, está a apurar toda a informação e a fazer toda a ação para que essa meta seja cumprida. Neste momento não podemos afirmar nenhum número em definitivo, mas é esse o objetivo do Governo", afirmou Mário Centeno, à saída da sua primeira reunião do Eurogrupo.
O ministro realçou que o programa de Governo, cujas linhas gerais teve hoje oportunidade de apresentar aos seus homólogos da zona euro, inclui um "conjunto de políticas que colocam Portugal numa trajetória de crescimento", mas também tem "como regra" o cumprimento dos compromissos assumidos pelo país, designadamente a nível das metas do pacto de estabilidade e crescimento.
"Temos também como regra no nosso programa o cumprimento daquilo que são as obrigações de Portugal no contexto internacional, e também como membro da área do euro, e é nesse sentido que vamos também continuar a trabalhar", disse, reiterando a vontade do Governo em honrar o compromisso de reduzir o défice para um valor abaixo dos 3%, retirando assim o país do procedimento por défice excessivo.
Instado a fazer um balanço da sua "estreia" em reuniões do Eurogrupo, o fórum de ministros da zona euro, Mário Centeno disse que "correu muito bem".
"Tive oportunidade de apresentar aquilo que são as linhas gerais do Programa de Governo que foi apresentado na Assembleia da República na semana passada, quer na parte das reformas e das áreas chaves de intervenção desse programa, quer seguramente também na parte orçamental. A reação foi bastante boa", disse.
Acrescentando que também teve "oportunidade de intervir num ponto específico sobre pensões e mercado de trabalho", Mário Centeno concluiu que "foi um bom dia de trabalho aqui em Bruxelas".
Orçamento em janeiro
Aos jornalistas portugueses, o governante afirmou que o "projeto de Orçamento, aqui em Bruxelas, vai ser entregue no início de janeiro, em consonância com o trabalho que o Governo vai realizar também para apresentar o mais depressa possível no parlamento português".
Mário Centeno acrescentou que o propósito é ter o orçamento, enquanto "instrumento importantíssimo de gestão e de ação governativa o mais depressa possível aprovado".
Sublinhando que a "afirmação política neste momento é o mais depressa possível", o ministro escusou-se a avançar qualquer data concreta.