Cerca de mil funcionários bancários protestaram, este sábado, em Nicósia, capital de Chipre, numa altura em que as autoridades cipriotas tentam concluir com os parceiros europeus um plano de resgate dos bancos e da economia daquela ilha.
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O cortejo dos trabalhadores, que começou na sede da União cipriota dos funcionários bancários (Etyk), dirigiu-se inicialmente para o palácio presidencial.
No começo, um cordão policial tentou impedir o acesso dos trabalhadores à zona do palácio, mas depois deixou passar os manifestantes, que acabaram por fazer um pequeno comício junto dos portões do edifício, relatou um jornalista da agência noticiosa francesa AFP.
Os manifestantes, que temem perder os respetivos empregos em caso de falência dos bancos, exibiam cartazes com várias frases como "Não à bancarrota de Chipre", "Não toquem nos fundos de pensão" ou "Deixem-nos sonhar".
Os funcionários desfilaram de forma pacífica, sem registo de qualquer incidente, mas os sentimentos de incerteza e de indignação estiveram sempre presente, de acordo com a mesma fonte.
"Estamos a protestar para salvar os nossos empregos e os nossos depósitos. Fomos colocados nesta posição pelos nossos amigos europeus", afirmou um trabalhador, identificado como Petros, em declarações à AFP.
Os manifestantes deslocaram-se posteriormente em direção ao Parlamento cipriota e ao Ministério das Finanças.