Em causa valores não reclamados por herdeiros no fim do prazo legal de dez anos. Só em 2021 foram mais de seis milhões de euros. Títulos do Estado já podem ser adquiridos online sem que o aforrador tenha de ir aos Correios.
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Mais de 18 milhões de euros em certificados de aforro reverteram, nos últimos cinco anos, para o Fundo de Regularização da Dívida Pública (FRDP). Segundo a lei, os herdeiros dispõem de dez anos para reclamar a posse ou liquidação dos certificados de aforro de quem faleceu. Findo esse prazo, o valor reverte para o Estado. Os aforradores, nomeadamente os anteriores à série E, estão a ser alertados para atualizar os dados pessoais de forma a desmaterializar as suas contas.
De acordo com o relatório anual do FRDP, publicado pela Agência de Gestão e Tesouraria da Dívida Pública de Portugal (IGCP), 2,56 milhões prescreveram a favor deste fundo no último ano. No entanto, foi em 2021 que o Estado arrecadou a maior fatia de aforros pertencentes a investidores falecidos: 6,06 milhões. Já em 2020, prescreveram 4,77 milhões de euros. Em 2019, o total prescrito foi de 1,26 milhões euros e, em 2018, 3,39 milhões (ver infografia).