A Caixa Geral de Depósitos propôs que o seu vice-presidente, Norberto Rosa, substitua Jorge Tomé no cargo de administrador da Cimpor, proposta que será votada na próxima assembleia-geral a 20 de abril, informou a cimenteira.
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Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cimpor anuncia que a CGD, como acionista de 9,584 por cento do capital social da cimenteira, propõe o nome de Norberto Rosa para preencher a vaga deixada pelo administrador Jorge Tomé quando este renunciou ao cargo para ir para o Banif.
O administrador é proposto para o mandato em curso, que se iniciou em 2009 e termina este ano.
A Cimpor é alvo, desde sexta-feira, de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), lançada pela InterCement, do grupo brasileiro Camargo Corrêa.
A InterCement oferece 5,50 euros por ação, um valor que contempla um prémio de 10 por cento sobre a cotação de fecho da Cimpor na sessão de sexta-feira na Nyse Euronext Lisboa (cinco euros), e propõe integrar na cimenteira portuguesa os ativos e operações de cimento e betão que detém na América do Sul e em Angola.
Um valor que a CGD já disse considerar "aceitável" ainda que "suscetível de melhoria", justificando a decisão de vender a sua participação com o processo de desalavancagem e de centralização no negócio bancário.
Norberto Rosa é vice-presidente da CGD desde 2004 e vice-presidente da comissão executiva do banco público desde o ano passado, tendo ocupado já os cargos de vice-presidente do Banco Efisa e do BPN.
O vice da CGD foi também secretário de Estado do Orçamento nos Governos de Cavaco Silva e Durão Barroso, entre 1993 e 1995 e entre 2002 e 2004.
A CGD propôs ainda um voto de "louvor e renovada confiança" ao conselho de administração e ao conselho fiscal pelo desempenho em 2011.