"Chocolates do Dubai" esgotados nos supermercados estão à venda por 50 euros na Vinted e OLX

Em pouco mais de uma manhã, os "chocolates do Dubai" voaram das prateleiras do retalhista Lidl. Com a chegada deste produto anunciada quase uma semana antes e marcada para 20 de março, as filas à porta dos supermercados para agarrar esta nova febre de consumo começaram a formar-se ainda antes das portas abrirem, levando depois a verdadeiros sprints dentro das lojas para agarrar as unidades possíveis deste chocolate.

E se esteve à venda no referido supermercado a 4,99 euros a unidade, o custo tem vindo a disparar desde a tarde de quinta-feira, com anúncios de venda em sites como de produtos em segunda mão como OLX e a Vinted.

Há propostas em que um mesmo chocolate chega a triplicar e a registando subidas que chegam a triplicar o valor ou mesmo a decuplicar, ou seja, dez vezes mais o valor inicial em pouco mais de 24 horas. 

Os anúncios garantem que os chocolates ainda vêm embalados, estão como no original ou que, tal como é comum nestas plataformas, o valor é negociável.

Mas o que o "chocolate do Dubai" tem de especial? Para lá de incorporar sabores típicos da doçaria árabe, junta-lhe o chocolate de leite, a raridade do produto e, claro, nota final, a componente viral.

Mas vamos por partes: o segredo do chocolate está na textura crocante conseguida através do kataifi, uma massa fina utilizada na culinária grega e do Médio Oriente, e da pasta de pistácio, queijo derretido e calda de açúcar.

A receita surgiu em 2021, quando a empresária egípcia-britânica Sarah Hamouda lançou a Fix Dessert Chocolatier, em parceria com o marido. Então grávida, a fundadora encontrou esta fórmula depois de se sentir com desejo de comer algo especial, e criou esta fórmula.

O reconhecimento surgiria cerca em finais de 2023 quando a barra de pistácio “Can’t get knafeh of it” se tornou viral no TikTok e após a influenciadora Maria Vehera, também especialista em fazer provas de produtos e alimentos, ter-se cruzado com um chocolate. Considerou-o uma “obra de arte” e fez um vídeo que, num ápice, superou os 85 milhões de visualizações.

A curiosidade gerada junto do público em geral e em torno de um produto que só se vendia no Dubai foi enorme.

As marcas chocolateiras e supermercados foram fazendo réplicas e apresentado, a espaços, soluções, que rapidamente esgotavam. Em dezembro, a gigante suíça Lindt lançou uma versão limitada, que esgotou em apenas um dia. Após inúmeros pedidos, a marca voltou a produzir a barra (à venda por 9,99 euros), que regressou às prateleiras a 6 de março, atraindo centenas de clientes.

Depois do Lidl, esta quinta-feira, ter trazido este chocolate a 20 de março, a loja Normal também anunciou que terá uma versão do produto brevemente disponível em Portugal, mas ainda não revelou a data de lançamento nem o preço.