Circulação de comboios "fortemente perturbada" com adesão de 80% em alguns locais, diz sindicato
A greve dos trabalhadores ferroviários está a registar uma adesão na ordem dos 80 a 90 %, segundo as primeiras estimativas, com a circulação a ser "fortemente perturbada", declarou hoje, terça-feira, o coordenador do sindicato do sector.
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"Neste momento, verifica-se uma boa adesão à greve, com valores de 80 a 90 por cento em alguns locais e com a circulação a ser fortemente perturbada", disse à Lusa o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), José Manuel de Oliveira, sublinhando que Lisboa e Porto estão a funcionar com recurso aos "serviços mínimos".
A este respeito, o coordenador do SNTST relatou que no Centro de Comando Operacional, localizado junto à Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, os trabalhadores que estavam a assegurar os serviços mínimos foram "expulsos" e "substituídos por quadros superiores da empresa".
"O objectivo deles [administração da empresa] é fazer circular os comboios a qualquer custo", frisou.
De acordo com José Manuel de Oliveira, o sindicato estima que as estações do Cais de Sodré e do Rossio, ambas em Lisboa, tenham registado uma adesão à greve de cerca de 60 por cento.
"No Entroncamento, a adesão é de quase 100 por cento. O mesmo acontece noutros pontos do país", declarou.
Os trabalhadores da CP, CP Carga, Refer e Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) iniciaram hoje uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários, situação que poderá abranger um universo de cerca de 10 mil trabalhadores.
A paralisação irá terminar à meia noite.