Um grupo pouco numeroso de clientes do Banco Privado Português (BPP) está desde as 08:30 na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, numa manifestação que visa sensibilizar as autoridades para a resolução do seu problema.
Corpo do artigo
"O Estado mandou-nos para os tribunais, mas a Justiça em Portugal não funciona. Queremos perguntar aos responsáveis que participam na conferência [O Estado e a competitividade da economia portuguesa] como é que a economia portuguesa pode ser competitiva se o Estado não assume o papel de supervisor do sistema bancário", disse à agência Lusa Rui Ribeiro, um dos organizadores da acção.
O porta-voz dos clientes reafirmou que "o Estado, afectando a titularidade do retorno absoluto, tem mais condições para recuperar os montantes aplicados no BPP por clientes que não tinham perfil de risco", reforçando que o Estado pode esperar os quatro anos de duração do fundo de retorno absoluto, bem como para recorrer à justiça para exigir compensação aos accionistas do BPP.
Rui Ribeiro realçou que o mais importante é resolver os problemas das pessoas que têm as aplicações congeladas há 15 meses, salientando que o próprio Estado poderia accionar o Fundos de Garantia de Depósitos, bem como o Sistema de Indemnização aos Investidores.
Os clientes estão acreditados para participar na conferência, que contará entre outros, como o ministro da Finanças, Teixeira dos Santos, o ministro da Economia, Vieira da Silva, e o governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio, e prometem fazer-se ouvir durante todo o dia.