"Ao contrário do que diz o sr. ministro das Finanças, as questões legais e logísticas não estão resolvidas, continua a não haver alternativas viáveis e os índices socioeconómicos da região são claramente inferiores à média nacional".
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É desta forma que o porta-voz do Movimento Conjunto de Contestação às Portagens reage à entrevista de Teixeira dos Santos, ao JN.
José Rui Ferreira lembra que "o sistema de cobrança não está sequer regulamentado" e há mesmo três projectos de lei da Oposição na Assembleia da República para revogação da lei dos chips de matrícula, pelo que as declarações de Teixeira dos Santos - segundo as quais, as portagens nas Scut do Grande Porto, Litoral Norte e Costa da Prata começarão a ser cobradas ainda este ano - são "precipitadas".
Além do mais, acrescenta, "enquadrar esta medida no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), antevendo uma receita de 120 milhões de euros, não faz qualquer sentido".
"Seria acrescentar crise à crise, uma vez que muitas empresas se instalaram junto a estas Scut por causa, justamente, das acessibilidades", disse o porta-voz do Movimento.
José Rui Ferreira considera que os utentes "terão ainda uma palavra a dizer", pelo que a adesão ao protesto que ficar definido no próximo sábado será "muito importante". As comissões de utentes vão reunir-se no próximo sábado, para definir novas iniciativas, depois do buzinão realizado no passado dia 26. O protesto poderá passar por uma marcha lenta rumo à cidade do Porto.
Os presidentes das câmaras de paços de Ferreira (PSD) e Lousada (PS), citados pela agência Lusa, asseguraram que vão recorrer aos tribunais, se o Governo avançar com as portagens na região.