Os efeitos da greve de maquinistas e revisores da CP - Comboios de Portugal, marcada para o feriado de 1 de novembro, devem começar a sentir-se a partir desta quarta-feira e prolongar-se até sexta-feira.
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A maioria dos comboios deve ser suprimida na próxima quinta-feira, Dia de Todos os Santos, devido à greve convocada por vários sindicatos, prevendo-se atrasos e supressões a partir desta quarta-feira até sexta-feira de manhã, segundo a CP.
Numa nota aos clientes, a CP informou que, por motivo de greve convocada por diversas organizações sindicais, "se prevê que ocorram perturbações, com a supressão da maioria dos comboios no dia 1 de novembro".
"A empresa desenvolveu todos os esforços para que seja cumprida a obrigação legal definida não tendo, ainda assim, garantida a sua plena realização", acrescenta a CP na nota aos utentes, referindo-se aos serviços mínimos determinados pelo Tribunal Arbitral nomeado pelo Conselho Económico e Social.
A greve ao trabalho em dia feriado nos comboios tem-se repetido desde as alterações introduzidas pela revisão ao Código do Trabalho, que contemplam uma redução de 50% no valor pago pelo trabalho em dia feriado.
Em comunicado, o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que representa os revisores e os trabalhadores das bilheteiras, disse que "não se pode aceitar que os seus associados ganhem apenas cerca de 2,5 euros por cada hora realizada em dia feriado, em suma, têm que pagar para trabalhar".
"Com a luta aos feriados, os trabalhadores dos serviços comerciais da CP apenas pretendem ser tratados com justiça e dignidade", explicou, adiantando que o sindicato também vai aderir à greve geral de 14 de novembro.