A greve dos trabalhadores da CP de hoje, quinta-feira, não está a causar muitas perturbações na circulação ferroviária nas linhas dos centros urbanos de Lisboa e Porto
Corpo do artigo
Os comboios da linha de Cascais sofreram atrasos e circularam mais cheios do que o habitual e, no Porto, não houve hoje qualquer perturbação no serviço de e para Campanhã. A paralisação de hoje é, segundo o dirigente sindical Álvaro Pinto, "a que teve menos impacto".
"Muitos trabalhadores estão a fazer comboios coagidos por processos disciplinares", justificou Álvaro Pinto.
Contactada pela Lusa, a responsável pela comunicação da CP, Ana Portela, desmentiu esta informação, garantindo que "os comboios estão a ser feitos respeitando todas as normas e toda a regulamentação de carreiras em vigor".
Até às 8 horas, segundo Ana Portela, "não houve qualquer supressão de comboios urbanos no Porto e nos serviços de longo curso - Alfa Pendular, Intercidades e Internacional - também não se registou qualquer supressão".
Os trabalhadores ferroviários das empresas do grupo CP protestam, hoje, contra o congelamento salarial e as privatizações e em defesa dos seus direitos e postos de trabalho.
A paralisação decorre no âmbito de um Dia Nacional de Protesto e de Luta da CGTP contra as políticas económica e social do Governo e as medidas de austeridade.
Embora afirme que não é possível comparar a adesão dos trabalhadores à paralisação de hoje com a registada nas greves convocadas apenas pelo sindicato, José Manuel Oliveira, do Sindicato dos Ferroviários, frisou que "os problemas nas empresas identificam-se plenamente com as linhas de força que a CGTP definiu para esta acção".
"O nosso grande objectivo, mais do que parar a própria empresa, é criar condições para que os trabalhadores saiam ao longo do dia da empresa e possam participar nas manifestações que a CGTP vai realizar hoje ao longo do dia", acrescentou.