Comissário Europeu diz que "não é razoável nem justo" que o FMI defenda redução de salários
O vice-presidente da Comissão Europeia, Joaquin Almunia considerou, esta segunda-feira, que "não é prudente, nem razoável, nem justo" que o FMI continue a defender como política a redução dos salários.
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"Os sacrifícios devem ser bem distribuídos e os economistas não podem pedir algo que, na prática, não é viável: a descida dos salários só pode ser aplicada a empresas em dificuldade e para evitar demissões ", disse Almunia em entrevista na Rádio Euskadi.
Almunia atribuiu a diferença de opiniões entre a CE e o FMI ao facto do último ser um "instrumento económico e financeiro", enquanto a Comissão Europeia é um órgão político e, como tal, "deve pensar sobre as pessoas".
O comissário europeu está em Bilbau para participar num fórum económico - onde está também a diretora do FMI, Christine Lagarde, que hoje defendeu o aprofundamento da reforma laboral em Espanha.