A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal considerou, esta quarta-feira, não fazer "qualquer sentido" a separação entre as pessoas que têm contrato de trabalho efetivo e as que têm contrato a prazo para efeitos do pagamento dos subsídios de férias e Natal em duodécimos.
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"Não tem qualquer sentido separar os duodécimos entre as pessoas que têm contrato de trabalho efetivo e as que têm contrato a prazo" no setor privado, afirmou o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, no final de uma reunião no Parlamento com os grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP para discutir a redução das indemnizações por despedimento.
"Isso é mais outra burocracia para as empresas, mais outra confusão em termos informáticos e de processamento de dados. Devia ser igual para todos", acrescentou Vieira Lopes.
O líder da CCP considerou, por outro lado, difícil que a questão esteja solucionada "ainda em janeiro", apesar do compromisso do Governo em acelerar o processo legislativo que enquadra o processo.
"Mesmo que haja uma aceleração de todo o processo legislativo, as empresas vão ter que proceder a ajustamentos informáticos, a oferta no mercado da informática para estas centenas de milhar de empresas não se resolve em dois ou três dias", sublinhou João Vieira Lopes.
"Todo este processo foi muito atabalhoado, desnecessariamente. Se tivesse sido feito com tempo, as empresas poderiam ter tido uma melhor capacidade para se ajustarem", criticou.