A CP assegurou até às 16 horas desta segunda-feira a realização de 25 por cento dos comboios previstos, devido à greve dos revisores e operadores de bilheteira, e a empresa admite que a situação pode piorar no final da tarde.
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"Até às 16 horas, tinham sido realizados 25 por cento de comboios, mas isto não significa que no final da tarde a situação não piore", disse à agência Lusa a porta-voz da CP, Ana Portela.
"Em termos percentuais isto vai piorar", alertou Ana Portela, acrescentando que "os comboios urbanos deverão ter um final de tarde muito semelhante à manhã".
A empresa estima, no entanto, que seja possível dar resposta aos passageiros que utilizarem o comboio nas suas deslocações.
"Como também já houve menos passageiros a optarem pelo comboio esta manhã, acreditamos que vai ser possível dar, pelo menos, resposta àqueles que fizerem as suas deslocações de comboios", disse.
Esta manhã, a greve levou à supressão de mais de 400 comboios em todo o país. A CP tinha previsto realizar 500 comboios em todo o país até às 10 horas, mas apenas circularam 96.
Os revisores e operadores de bilheteira da CP cumprem hoje uma greve de 24 horas, que foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
O SFRCI protesta contra o facto de ainda não ter sido posto em prática o acordo assinado, a 21 de abril, entre a Comissão Executiva da CP e os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa.
No âmbito deste acordo, a CP comprometeu-se a enviar ao Governo um estudo para aplicar as cláusulas do Acordo de Empresa no que respeita ao trabalho extraordinário, em dia de descanso e aos feriados, mas os sindicatos continuam à espera de uma resposta.