As greves realizadas este ano pelos trabalhadores da CP provocaram um prejuízo para a empresa que "já ultrapassa largamente os dois milhões de euros", disse, esta sexta-feira, a porta-voz da transportadora ferroviária.
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"Desde Fevereiro, o prejuízo decorrente das greves já ultrapassa largamente os dois milhões de euros", afirmou Ana Portela, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
Os trabalhadores da CP realizaram este ano várias greves, muitas delas parciais.
Esta semana, os maquinistas da CP anunciaram uma nova paralisação, desta vez para os dias 23, 24, 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e nas horas extraordinárias até final de Janeiro, alegando que a administração está realizar processos disciplinares ilegais.
O presidente do sindicato, António Medeiros, disse à Lusa que a estrutura decidiu marcar esta greve porque a administração da CP, "ao arrepio do acordo assinado, em que sanava todo o conflito e criava as condições para a paz social na empresa, desencadeou de forma absurda, sem justificação e de forma ilegal procedimentos disciplinares".
A CP já disse que a concretização desta greve poderá pôr em causa o pagamento de salários e a fornecedores, bem como outras obrigações, designadamente IRS e Segurança Social, já em Dezembro, uma vez que estes compromissos são assegurados com receitas de bilheteira.
Os custos com pessoal da CP, já incluindo encargos com a Segurança Social, rondam os 120 milhões de euros.