Os CTT informaram que vão disponibilizar 19 novos postos, "limitando assim a três a redução" anteriormente anunciada, no dia em que decorre uma reunião entre a administração da empresa e autarcas e uma manifestação de utentes, em Lisboa.
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Em comunicado, os CTT garantem que continuam a "assegurar proximidade às populações, com 2366 pontos de acesso" e que, no âmbito do plano de "transformação e modernização" da rede, há "já aberto ou assegurado a abertura de 13 novos estabelecimentos postais - postos de correios - nas envolventes das 22 lojas cujo encerramento foi anunciado, encontrando-se ainda em negociação seis adicionais".
Segundo a empresa, a sua rede de atendimento inclui 2366 estabelecimentos postais - pontos de acesso, correspondente a 598 Lojas e a 1768 postos de correio, "número este que representa um incremento de 49 estabelecimentos postais - pontos de acesso nos últimos quatro anos.
"Os CTT reiteram ser uma empresa permanentemente apostada em oferecer serviços postais de forma universal, com qualidade e eficiência, pelo que a cada momento, tendo sempre presente critérios de proximidade, analisa as oportunidades de proceder a alterações na sua rede de atendimento", lê-se.
Para as 10 horas estava marcada uma reunião, na sede dos CTT, em Lisboa, entre a administração da empresa e autarcas de localidades afetadas por encerramentos de balcões dos CTT, nomeadamente das zonas do Seixal, Alpiarça, Loures, Camarate e Areeiro.
Para a mesma hora, junto da sede, no Parque das Nações (Lisboa), foi convocada uma concentração de utentes "em defesa do serviço postal público ao serviço das populações".
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Em dezembro passado, os CTT divulgaram um Plano de Transformação Operacional, que previa a redução de cerca de 800 trabalhadores na área das operações ao longo de três anos, em consequência do tráfego do correio, de um total de 6700, dos quais 6200 efetivos e perto de 500 contratados a termo.
No final de setembro do ano passado, o grupo CTT contava com 12843 trabalhadores, enquanto no final de dezembro de 2013 - altura em que a empresa foi privatizada, entrando em bolsa - contabilizava 12383, ou seja, mais 3,7% (mais 460 trabalhadores em quatro anos).
O plano de reestruturação dos CTT previa também um corte de 25% na remuneração fixa do presidente do Conselho de Administração e do presidente executivo, além da otimização da implantação da rede de lojas, através da conversão de lojas em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura.
A privatização dos CTT, que rendeu aos cofres do Estado mais de 900 milhões de euros, foi feita a dois tempos - em 2013 e em 2014 - em operações que renderam, respetivamente, 579 milhões de euros (70% do capital social da empresa a 5,52 euros por ação) e 343 milhões de euros (30% do capital social detido pela Parpública ao preço de 7,25 euros por ação).