O índice de custo do trabalho em Portugal, excluindo a agricultura e pescas, aumentou 1,1% no terceiro trimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado, indicou o Instituto Nacional de Estatística.
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Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta variação resultou do efeito conjugado do acréscimo do custo médio do trabalho (com um aumento de 0,3%) e da diminuição do número de horas efetivamente trabalhadas (menos 0,6%).
No trimestre anterior, o índice de custo do trabalho registou um decréscimo homólogo de 4%, que se deveu à descida do custo médio por trabalhador (menos 6,1%) e ao decréscimo do número de horas efetivamente trabalhadas (em menos 2,5%).
"O acréscimo homólogo do índice de custo do trabalho [não incluindo a agricultura e pescas] foi observado em todas as regiões do país (Centro, Região Autónoma dos Açores, Madeira, Lisboa e Algarve)", destaca o INE.
Nas cinco regiões, os acréscimos homólogos do índice de custo do trabalho foram superiores à média global de 2%.
O Centro é a região onde o custo do trabalho por hora efetivamente trabalhada é mais elevado (6,2%), seguindo-se a zona os Açores (6,2%) e a região da Madeira (2,4%).
Por setor de atividade, o custo de trabalho é mais elevado nas indústrias extrativas (8,5%), seguindo-se a construção (6,4%) e a eletricidade, gás, vapor água quente e fria e ar frio (4,2%).
O índice de custo de trabalho é um indicador que mede a evolução dos custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada (custo médio horário), na perspetiva do empregador. Estes custos compreendem, para além das remunerações diretas (salários base), os custos com os benefícios dos trabalhadores e demais encargos suportados pelo empregador (prémios e subsídios, pagamentos por trabalho extraordinário, indemnizações por despedimento, entre outros).