Estas são algumas medidas da proposta de Orçamento de Estado de 2018, entregue já pelo governo no Parlamento, que mexerão com o bolso dos portugueses.
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Alimentação
Taxa de 0,80 euros por quilo do imposto para os alimentos com elevado teor de sal, com a qual o Governo espera arrecadar 30 milhões de euros. Ficam sujeitos a este imposto bolachas e biscoitos pré-embalados, alimentos que integrem flocos de cereais e cereais prensados, pré-embalados, batatas fritas desidratadas ou pré-embaladas. Estão isentos de imposto os produtos que tenham um teor de sal inferior a 1 grama por cada 100 gramas de produto.
Bebidas
Aumento em torno de 1,5% do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (IABA). As cervejas vão passar a pagar um imposto que começa nos 8,34 euros por hectolitro para os volumes de álcool mais baixos e que vai até aos 29,30 euros por hectolitro no caso dos volumes de álcool mais elevados. No caso das bebidas espirituosas, nas quais se inclui gin e vodka, por exemplo, a taxa de imposto aplicável também vai sofrer um aumento, mas de 1,4%, passando dos 1.367,78 euros por hectolitro atualmente em vigor para os 1.386,93 euros por hectolitro em 2018. Nos refrigerantes, o Governo avança com um aumento até 1,5% do imposto a pagar e define uma nova reforma de taxar os concentrados. O Governo pretende taxar a 8,34 euros por hectolitro (100 litros) as bebidas cujo teor de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro e a 16,69 euros por hectolitro as bebidas cujo teor de açúcar seja igual ou superior a 80 gramas por litro.
Carros
A compra de carro novo ficará mais cara entre 2,67 euros e 900 euros no próximo ano, devido ao agravamento médio de 1,4% do Imposto sobre Veículos (ISV), transversal aos modelos a gasóleo e a gasolina.
Selo do carro
Aumento médio de 1,4% do Imposto Único de Circulação (IUC), o antigo "selo do carro"
Créditos
Imposto do Selo sobre o crédito aumenta em algumas situações até 14%
Tabaco
O aumento do Imposto sobre o Tabaco (IT) previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) pode significar uma subida de até 10 cêntimos no maço de cigarros, segundo simulações feitas pela consultora Deloitte. "No caso de um maço de tabaco que custe hoje 4,90 euros, estima-se que o imposto adicional será de 6 cêntimos (assumindo o mesmo valor de referência do tabaco para 2018). Pretendendo os agentes económicos, pelo menos, manter as suas margens, um maço de tabaco que custe hoje 4,90 euros deverá passar a custar 5,00 euros", disse o fiscalista Afonso Arnaldo.