O défice público apurado em contabilidade nacional no final de julho voltou a piorar, fixando-se em 5823,4 milhões de euros no período acumulado de janeiro a julho deste ano, indica o Ministério das Finanças em comunicado.
Corpo do artigo
"Nos primeiros sete meses de 2014, de acordo com a informação da execução orçamental hoje divulgada pela Direção Geral do Orçamento (DGO), o saldo orçamental provisório das Administrações Públicas cifrou-se em -5823,4 milhões de euros, o que representa uma deterioração de 389 milhões de euros face a igual período do ano anterior", refere a nota enviada às redações.
O ministério diz que a principal razão para este desempenho é a reposição do subsídio de férias e o aumento dos salários, muito por culpa da decisão do Tribunal Constitucional. Admite, no entanto, que a fatura dos juros também está a pesar nas contas.
"Para este resultado contribui o efeito sobre a despesa resultante do pagamento do subsídio de férias (em 2013 este pagamento ocorreu em novembro) associado ao efeito do aumento das remunerações em resultado da decisão do Tribunal Constitucional bem como o aumento do pagamento de juros."
No entanto, se não contarmos com o serviço da dívida, tudo parece melhor: "O saldo primário, isto é, excluindo a despesa com juros, registou um défice de 965,7 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 236,3 milhões de euros face a igual período do ano anterior", refere o ministério de Maria Luís Albuquerque.
Em alta, tal como acontecia nas execuções até junho, está a receita de impostos. "Entre janeiro e julho de 2014, a receita fiscal líquida acumulada do Estado ascendeu a 19.898,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 735,1 milhões face ao montante cobrado em igual período de 2013."