O holandês Jeroen Dijsselbloem recebeu a maioria dos votos dos ministros das Finanças da zona euro, tendo sido reconduzido no cargo de presidente do Eurogrupo. Maria Luís Albuquerque votou no ministro espanhol, que disputou a corrida à presidência com o holandês.
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"Eu votei no no ministro Luis de Guindos", revelou a ministra das Finanças portuguesa, revelando que tem com ele uma "óptima relação pessoal". A opção da governante portuguesa deve-se também a "uma tradição antiga".
"Temos uma tradição antiga de nos apoiarmos mutuamente, por força das nossa relações [ibéricas]", lembrou a ministra, considerando que a dimensão da economia espanhola, na zona euro, também não foi indiferente à opção do governo português.
"Há também essa questão da Espanha ser um país grande dentro da área do euro e ter alguma sub-representação ao nível dos cargos mais relevantes da área do euro", afirmou a ministra, dizendo ainda que, com Dijsselbloem a relação pessoal "também é boa".
"Tenho também uma boa relação pessoal o ministro Dijsselbloem e reconheço que o trabalho dele tem sido de grande qualidade [e] de grande empenho e tenho a certeza que continuará a fazê-lo neste segundo mandato e que a relação com Portugal será óptima", considerou.
Maria Luís disse ainda que "tinha falado, há bastante tempo", com Jeroen Dijsselbloem para lhe explicar o porquê da preferência portuguesa pelo espanhol e "isso não afectou, de todo, a boa relação" com o holandês.