Descida do desemprego "é positiva, mas é cedo para cantar vitória", diz Pires de Lima
O Ministro da Economia, Pires de Lima, considerou, esta quinta-feira, que a redução da taxa desemprego em Portugal é "uma notícia muito positiva", mas avisou que "é muito cedo para cantar vitória".
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"É uma notícia positiva que deve deixar não só o Governo, mas os partidos da oposição muito satisfeitos", afirmou o Pires de Lima, num comentário aos dados, esta quinta-feira, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que apontam para um recuo da taxa de desemprego em Portugal no terceiro trimestre do ano.
Segundo o INE, no terceiro trimestre deste ano a taxa de desemprego em Portugal foi de 15,6%, 0,8 pontos percentuais abaixo da registada no trimestre anterior e menos 0,2 pontos do que no mesmo período de 2012.
Pires de Lima lembrou que em março deste ano a taxa de desemprego estava próxima de 18% e rejeitou desvalorizar os números conhecidos esta quinta-feira.
"Os dados apontam para 15,6%, uma redução expressiva nos últimos seis meses. Não alinho com o discurso que desvaloriza estes dados do desemprego. São as empresas que estão a criar emprego e só nos últimos seis meses as empresas em Portugal criaram 120 mil postos de trabalho", reforçou o governante.
No entender do Ministro da Economia, "desvalorizar [estes números] seria desvalorizar o trabalho das empresas que operam em Portugal e isso este Governo não faz".
Considerou, no entanto, que "é muito cedo para cantar vitória, pois é um nível alto, apesar de ter descido".
"É óbvio que há uma influência sazonal em áreas associadas ao turismo, mas é muito relevante que, pela primeira vez em cinco anos, ao nível do trimestre, Portugal tenha uma taxa de desemprego inferior à registada no trimestre homólogo do ano passado", frisou Pires de Lima.
Entre julho e setembro, a população desempregada foi de 838,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 3,7% e uma diminuição trimestral de 5,3% (menos 32,3 mil e menos 47,4 mil pessoas, respetivamente).
Quanto à população empregada, segundo o INE, foi de 4,55 milhões de pessoas, o que traduz uma diminuição homóloga de 2,2% e um aumento trimestral de 1,1% (menos 102,7 mil e mais 48 mil pessoas, respetivamente).