A taxa de desemprego foi de 6,9% em março, valor igual ao de fevereiro, mas superior aos 5,8% de março de 2022, segundo dados provisórios divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Corpo do artigo
De acordo com as "Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego" do INE, em março "a taxa de desemprego situou-se em 6,9%, valor igual ao de fevereiro de 2023, mas superior ao de dezembro de 2022 e ao de março do mesmo ano (0,2 pontos percentuais e 1,1 pontos percentuais, respetivamente)".
Este destaque do INE reviu em alta a taxa de desemprego de fevereiro dos inicialmente estimados 6,8% para 6,9%.
Em março, o INE estima que a população ativa (5.274,3 mil) se tenha mantido "praticamente inalterada" em relação ao mês anterior, tendo subido 1,6% em relação ao mesmo mês de 2022.
Segundo o instituto estatístico, a estabilização em cadeia da população ativa "resultou do acréscimo da população empregada (1,8 mil, a que correspondeu uma variação relativa quase nula) ter praticamente igualado a diminuição da população desempregada (1,3 mil; 0,3%)".
A população inativa (2.412,4 mil) registou também "uma variação relativa quase nula" em relação ao mês anterior, tendo diminuído 2,4% por comparação com o período homólogo.
"A ligeira diminuição da população inativa foi explicada pelo decréscimo do número de inativos à procura de emprego que não estavam disponíveis para trabalhar (2,7 mil; 8,7%) e do número de outros inativos, os que não estão disponíveis para trabalhar e que não procuraram emprego (3,7 mil; 0,2%)", explica o INE.
Em março, a população empregada (4.911,8 mil) manteve-se praticamente inalterada face a fevereiro e aumentou 0,4% comparativamente a março de 2022, enquanto a população desempregada (362,5 mil) diminuiu em relação ao mês anterior (0,3%) e subiu comparativamente com março de 2022 (21,3%).
A taxa de emprego estimada em março manteve-se nos 63,9% de fevereiro, o valor mais elevado desde fevereiro de 1998, tendo a taxa de atividade também estabilizado no máximo desde esta data: 68,6%.
"Ainda em março de 2023, a subutilização do trabalho abrangeu 657,5 mil pessoas, número superior ao do mês anterior (1,2 mil; 0,2%) [...] e ao do período homólogo de 2022 (55,2 mil; 9,2%)", detalha o INE.
Já a taxa de subutilização do trabalho --- estimada em 12,1% --- manteve-se inalterada relativamente à do mês anterior, sendo superior em 0,8 pontos percentuais à de março do ano passado.