O desemprego na Grécia bateu, em junho, um novo recorde, afetando 27,9% da população ativa, mais 0,3% do que em maio, segundo dados revelados, esta quinta-feira, pelo gabinete de estatísticas grego.
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A notícia surge no mesmo dia em que os técnicos da troika regressam a Atenas para uma nova análise dos progressos do programa de reformas que a Grécia tem de implementar em troca do resgate financeiro.
A Grécia registou em junho um total de 1403698 desempregados, mais 22610 do que em maio e mais 174709 do que no mês homólogo de 2012 quando a taxa de desemprego se situava nos 24,6%.
A taxa de desemprego jovem (menores de 25 anos) atingiu os 58,8%, abaixo do máximo histórico de 64,9% registado no mês anterior, mas acima dos 54,8% do período homólogo.
Em junho de 2008, no início da crise, a taxa de desemprego na Grécia era de 7,3%.
Os técnicos do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetária Internacional estão na Grécia a avaliar as reformas e a preparar o terreno para os chefes da missão da troika, cuja chegada se prevê para 21 e 22 de setembro.
Entre outras questões que a Grécia tem de resolver, para receber, em outubro, a próxima "tranche" de 1000 milhões de euros, encontra-se a passagem de 12500 funcionários públicos para um regime de mobilidade, recebendo durante oito meses 75% do salário.
Após este período, os que não forem transferidos para outro posto na administração pública serão despedidos.
O Governo comprometeu-se a colocar 25 mil pessoas neste regime até ao final deste ano.
A estes vão juntar-se mais 4000 funcionários públicos que serão despedidos até dezembro e outros 11000 em 2014.
Os sindicatos marcaram várias greves para a próxima semana, com paragens até cinco dias consecutivos em escolas, universidades, hospitais públicos e mesmo o comércio, embora este setor interrompa a atividade apenas um dia.