As indemnizações por despedimentos ilícitos afinal não vão ficar mais baratas. A troika decidiu dar uma benesse e permitir que a medida fique na gaveta. Apesar de estar inscrita na 11.ª avaliação a Portugal, o Governo conseguiu convencer os credores de que a economia não teria ganhos significativos com esta reforma, por um lado; e que a sua prossecução poderia criar uma tensão social de todo indesejável, por outro.
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O acordo, confidenciou ao JN uma fonte do Executivo, ficou selado numa recente reunião entre os representantes da troika e o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares. Assim, dever-se-á manter o atual figurino jurídico: em caso de despedimento ilícito, o trabalhador recebe entre 15 e 45 dias por ano de trabalho, conforme a gravidade ou ilicitude do despedimento.
Este será um trunfo importante para o Governo na reunião de hoje da Concertação Social, uma vez que a intenção de baixar aos custos dos despedimentos ilícitos mereceu fortes críticas dos sindicatos. No encontro de hoje, vão ser ainda anunciadas medidas de estímulo à natalidade e às políticas de emprego. A atualização do salário mínimo nacional e o guião da reforma do Estado também serão discutidos.