As discussões técnicas entre as autoridades gregas e as instituições que compõem a troika, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, já arrancaram esta sexta-feira, tentando abrir caminho para um entendimento no Eurogrupo da próxima segunda-feira.
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Um alto responsável do fórum de ministros das Finanças da zona euro confirmou, esta sexta-feira, em Bruxelas o arranque do trabalho técnico, depois de, na quinta-feira, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, terem concordado em relançar as negociações, com vista a um acordo político sobre o programa de assistência à Grécia na reunião da próxima segunda-feira do Eurogrupo.
Na quarta-feira, uma primeira reunião extraordinária do Eurogrupo, a primeira na qual participou o novo ministro grego, Yanis Varoufakis, revelou-se inconclusiva.
A porta-voz do presidente do Eurogrupo indicou na quinta-feira que Tsipras e Dijsselbloem se reuniram à margem do Conselho Europeu e concordaram em pedir às instituições que integram a troika que iniciem conversações com as autoridades de Atenas a fim de preparar a reunião de segunda-feira dos ministros das Finanças da zona euro.
O objetivo dos contactos é "facilitar as discussões no Eurogrupo" agendado para segunda-feira, no qual se espera que haja acordo sobre o futuro da ajuda financeira a Atenas, sendo que o atual programa de assistência financeira termina no fim do mês.
Um alto responsável do Eurogrupo apontou hoje que as discussões técnicas irão prosseguir ao longo do fim de semana, e na segunda-feira os ministros das Finanças da zona euro irão então analisar quais os pontos em comum e quais as divergências, para a partir daí buscarem um acordo.
Esta sexta-feira, o Governo grego rejeitou entusiasmos prematuros relativamente às negociações da Grécia com a zona euro, que se desenrolam sobre "uma forte pressão".
"Não queremos mostrar demasiado entusiasmo antes de chegar a um acordo", declarou Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo grego, à estação televisiva Antenna TV.
"Os gregos têm de compreender que se trata de uma negociação crucial e difícil, a pressão é muito forte", acrescentou o porta-voz.