O setor do alojamento turístico registou 2,7 milhões de hóspedes em abril, mais 16,5% face a igual mês de 2022, e 6,8 milhões de dormidas, um aumento de 13,8%.
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De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), estes indicadores corresponderam a 497,1 milhões de euros de proveitos totais e a 373,6 milhões de euros de proveitos de aposento, o que representa crescimentos homólogos de 28,6% e 29,4%, respetivamente.
Comparando com abril de 2019, período pré-pandemia, registaram-se aumentos de 48,4% nos proveitos totais e de 50,0% nos relativos a aposento.
Em abril, o INE aponta ainda aumentos homólogos de 22,7% e 14,7% no rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) e no rendimento médio por quarto ocupado (ADR), que se situaram em 63,0 euros e 105,4 euros, respetivamente.
Já em relação a abril de 2019, registaram-se aumentos de 38,4% e 29,6%, respetivamente, correspondendo aos maiores acréscimos face ao período pré-pandemia.
INE nota que "o efeito da Páscoa" se fez "sentir de forma significativa" nas dormidas de turistas em Albufeira
No conjunto dos primeiros quatro meses de 2023, as dormidas totais cresceram 30,0% (+16,7% nos residentes e +37,1% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 46,8% nos proveitos totais e 48,4% nos relativos a aposento (+40,2% e +43,6%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).
No mês de abril, o INE nota que "o efeito da Páscoa" se fez "sentir de forma significativa" nas dormidas de turistas em Albufeira, que ascendeu à segunda posição entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas neste mês (peso de 10,9%).
Ainda assim, Albufeira continua a registar uma redução das dormidas face a 2019, embora "menos expressiva" (-5,2% no total, -11,2% nos residentes e -3,7% nos não residentes).
Pelo contrário, no Porto (peso de 7,9%) e no Funchal (quota de 7,6%) mantiveram-se "acréscimos significativos" face a abril de 2019 (+34,5% e +26,7%, respetivamente), tendo as dormidas de residentes mais que duplicado no Funchal.
No mês em análise, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 33,7% dos proveitos totais e 36,2% dos relativos a aposento, seguindo-se o Algarve (24,1% e 21,6%, respetivamente), o Norte (16,% e 17,5%) e a Região Autónoma da Madeira (11,3% e 10,4%).
O INE realça que os maiores crescimentos ocorreram na Região Autónoma dos Açores (+38,6% nos proveitos totais e +41,9% nos de aposento, no Norte (+31,0% e +33,7%, respetivamente) e na Área Metropolitana de Lisboa (+30,4% e +32,8%).
Face a abril de 2019, destacam-se as evoluções na Região Autónoma da Madeira (+70,2% nos proveitos totais e +75,4% nos de aposento), no Alentejo (+66,9% e +70,7%, respetivamente) e no Norte (+61,8% e +64,4%, pela mesma ordem).
Em abril, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento: Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,3% e 85,4% no total do alojamento turístico) aumentaram 27,7% e 28,3%, respetivamente. Face a abril de 2019, registaram-se crescimentos de 46,5% e 48,1%, pela mesma ordem.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), nos primeiros quatro meses de 2023 registaram-se 8,4 milhões de hóspedes e 20,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 31,3% e 29,9%, respetivamente.
Face ao primeiro quadrimestre de 2019, as dormidas aumentaram 14,7% (+18,6% nos residentes e +13,0% nos não residentes).