O presidente executivo da TAP admitiu ser "óbvio" que a TAP não tem condições para pagar o empréstimo que vai receber até 1200 milhões de euros e quer apresentar o plano de reestruturação em três meses.
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"É óbvio que nós não temos condições de pagar a dívida daqui a seis meses. Nenhuma companhia aérea no mundo tomou empréstimo para pagar em seis meses", admitiu Antonoaldo Neves, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa.
Em causa está um empréstimo estatal que pode ir até 1200 milhões de euros à TAP, aprovado pela Comissão Europeia, mas com a condição de que a transportadora devolva o valor injetado em seis meses ou apresente um plano de restruturação da empresa.
Antonoaldo Neves adiantou ainda que a intenção da TAP é de apresentar aquele plano dentro de três meses. "O importante agora é não deixar os seis meses passarem para fazer esse plano. [...] Não podemos ficar na situação de ter uma arma nuclear na cabeça quando for para negociar com a Comissão Europeia", acrescentou.