A easyJet anunciou, na manhã desta quinta-feira, a criação de mais três voos a partir do Porto: para Porto Santo (Madeira), Madrid, em Espanha, e Colónia, na Alemanha. A companhia quer reforçar a segunda posição que tem no aeroporto Francisco Sá Carneiro e passa de 23 para 26 destinos.
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No aeroporto do Porto, a companhia coloca mais dois novos aviões, e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro passa a ser o que tem mais aparelhos da companhia em Portugal. Quanto ao tarifário, ele ainda não existe para a ligação a Porto Santo, que começará a 1 de maio e que estará ativa apenas durante o verão. Quanto a Madrid, será possível viajar a partir dos 14,99 euros e para Colónia entre 16,99 e os 19,99 euros. Para Porto Santo e para a cidade alemã haverão duas frequências semanais enquanto que para a capital espanhola serão três.
As companhias privadas são as que mais operam a partir do Porto, ocupam 90% da capacidade do aeroporto, querendo a esayJet reforçar a segunda posição. A TAP ocupa apenas 10% da capacidade. O aumento de capacidade da empresa britânica dependerá da capacidade de serem libertadas Slots. "Após a pandemia e assim que as outras companhias deixarem cair essas slots estaremos atentos pois, nessa altura, elas ou operam ou perdem os seus direitos históricos. Uma coisa é certa, a esayJet não fará voos fantasma para prender slots pois não é nossa missão não é andar com aviões vazios e a aumentar a pegada ecológica", afirmou José Lopes, diretor geral da easyJet Portugal, na apresentação das novas rotas realizada na biblioteca da Fundação de Serralves.
Com este aumento de oferta a companhia criou 70 novos postos de trabalho. Paralelamente será aumentada a capacidade nas ligações a Bordéus, Paris - Charles de Gaulle, Funchal, Ibiza, Luxemburgo, Nice, Palma de Maiorca, Zurique, Milão - Malpensa e Rennes. Haverá 350 mil lugares extra aquilo que já tinham em venda para o Verão, período em que a empresa terá à venda no Porto mais de dois milhões de lugares.
"Neste momento o Porto é a estrela da companhia", afirmou José Lopes. A empresa tem 15 aviões baseados em Portugal e 16 não baseados e conta com mais de 500 pessoas com contratos portugueses. No Porto opera desde 2007, e desde então já transportou mais de 14 milhões de passageiros. Em 2015 abriram uma base e neste momento é a segunda maior companhia a operar. Passam a ter agora 23 rotas de e para oito países.
Outra das apostas é o destino praia. Depois de Palma de Maiorca e Ibiza a empresa junta Porto Santo e encontra um novo parceiro publicitário, as Havaianas, para colorir as suas viagens. "O nosso principal obstáculo para crescer ainda mais tem sido a disponibilidade de slots. Felizmente houve a nível da infraestrutura um investimento no aumento do taxiway que permitiu termos mais comodidade e crescermos mais e encima daquilo que já tínhamos previsto para este verão, com impacto direto não só na nossa empresa mas também na economia e no turismo da região", acrescentou José Lopes que quer a esayJet líder na região.
Nos últimos seis meses, o crescimento da empresa foi de 9% comparado com o antes da pandemia. Iniciaram-se três novas rotas, para Malpensa, Rennes e Palma de Maiorca. Aumentaram também a capacidade em destinos como o Funchal, Bordéus, Luxemburgo, Ibiza, Zurique, Basileia, Londres e Manchester. Durante a pandemia foram transportados mais de 7,2 milhões de passageiros e o objetivo é, assim que a procura retomar, diz José Lopes, "esmagarmos este número e ultrapassarmos os oito milhões".
Na apresentação, Luís Pedro Martins, presidente do Porto e Norte de Portugal, destacou a importância da empresa no desenvolvimento do turismo. "Estamos a cumprir o que temos dito que é a trabalhar com aqueles que querem trabalhar com a região e depois a esyJet voa para sis dos oito mercados estratégicos do nosso Topo 10", salientou.
"Esta aposta é feita para a esyJet não ter prejuízo mas porque encontram no Porto e Norte oportunidades e mercados para quem quer viajar para uma região com grande diversidade de produtos turísticos e com excelente oferta hoteleira para vários segmentos", acrescentou Luís Pedro Martins que espera no quarto trimestre deste ano chegar a valores de ganhos no turismo idênticos aos de 2019.
De referir ainda que a easyJet tem em Faro 18 destinos, 17 em Lisboa e 23 no Porto. Tem ainda seis destinos na Madeira. A empresa é número um no Reuni Unido e Suíça e número dois na França e em Itália.