
O Governo inscreveu no Orçamento do Estado um crescimento de 2% para o total do ano. Na imagem, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP/ Arquivo
A economia portuguesa cresceu 2,4% no terceiro trimestre, em termos homólogos, e 0,8% em cadeia, impulsionada pela procura interna, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Estes números confirmam a estimativa rápida divulgada no final de outubro pelo INE, representando uma aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) tanto face ao período homólogo como face ao trimestre anterior.
Segundo explica o gabinete de estatísticas, o "contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi menos acentuado no terceiro trimestre, refletindo simultaneamente a desaceleração das importações de bens e serviços e o aumento das exportações de bens e serviços".
Já a procura interna deu um contributo positivo para o crescimento da economia, ainda que menor do que no segundo trimestre, refletindo a desaceleração do investimento.
Os dados do INE mostram ainda que as despesas de consumo final das famílias residentes, em volume, cresceram 4% em termos homólogos de julho a setembro, com destaque para as despesas de consumo em bens duradouros, que aceleraram de 8,2% para 9,7%, enquanto as despesas em bens não duradouros e serviços registaram um crescimento de 3,4% no 3.º trimestre.
No que diz respeito à variação em cadeia, o contributo da procura externa líquida piorou, "com a aceleração das Importações de Bens e Serviços a superar a evolução das Exportações de Bens e Serviços, que aumentaram".
Por outro lado, o contributo positivo da procura interna aumentou para 1,4 p.p., "verificando-se crescimentos mais intensos do consumo privado e do investimento".
Comparando com o segundo trimestre de 2025, o investimento total, em volume, aumentou 2,7%, nota o INE.
Para o conjunto do ano, o Governo inscreveu no Orçamento do Estado um crescimento de 2%. É o mais otimista entre as instituições que seguem a economia portuguesa, que apontam todas para um crescimento de 1,9% em 2025.
