
O empresário German Efromovich, dono do grupo Synergy, já entregou a proposta vinculativa para a compra da TAP, tendo cumprido o prazo que terminava às 12 horas desta sexta-feira, confirmou fonte oficial do grupo.
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Fonte oficial do grupo Synergy confirmou à Lusa que a proposta de aquisição da companhia aérea nacional foi entregue à Parpública, empresa gestora das participações públicas, dentro do prazo previsto pelo Governo, que pretende fechar o processo de privatização até ao final do ano.
No entanto, o Governo português já admitiu poder congelar o processo de privatização da TAP caso a proposta agora entregue não assegure o interesse nacional.
Em conferência de imprensa, em novembro, o único candidato à privatização da TAP admitiu que "o Governo tem o direito de interromper o processo de licitação", uma hipótese que o secretário de Estado dos Transportes já admitiu, se não estiver assegurado o interesse nacional.
"Respeito se [o Governo] entender que é o melhor para o país e para a TAP, mas o Governo tem interesse em vender a companhia", declarou então, realçando que "se a TAP não se associar à Synergy Aerospace tem que se associar a alguém para sobreviver".
O Governo decidiu na quinta-feira em Conselho de Ministros que o futuro comprador da TAP está obrigado a manter as ações da companhia aérea nacional, adquiridas no âmbito do processo de privatização, durante dez anos.
Desta forma, o Governo opta pelo prazo máximo que já tinha sido definido pelo decreto-lei que estabelecia o modelo de privatização da TAP.
Aos jornalistas, German Efromovich admitiu a possibilidade de dispersar em bolsa (IPO) entre 5 e 15% do capital da TAP, o que, defendeu, "conferia maior transparência".
Entretanto, admitiu, poderão juntar-se mais empresas à Synergy Aerospace, adiantando que estão a decorrer negociações com várias empresas europeias e até mesmo portuguesas.
