Presidente da EDP, por acusação de corrupção, e da Galp, por fim de mandato, receberam milhões
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Por razões bastante diferentes, os antigos líderes das maiores companhias energéticas portuguesas abandonaram os respetivos cargos levando consigo salários e contratos milionários. O primeiro foi António Mexia, da EDP, em 2020, que saiu de presidente executivo devido ao chamado caso EDP, relacionado com os custos de manutenção do equilíbrio contratual, no qual tanto ele como Manso Neto - agora presidente da Greenvolt - são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio nos contratos das rendas excessivas, em que, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.
O segundo foi o britânico Andy Brown, que chegou à Galp em fevereiro de 2021 para revolucionar a empresa e torná-la mais “verde”. O gestor surpreendeu e anunciou a sua renúncia em outubro de ano passado, menos de dois anos após ter assumido o cargo de CEO. Andy Brown tinha chegado à Galp com a tarefa a longo prazo de tornar a petrolífera uma referência em termos ambientais, depois de ter passado 35 anos na Shell. Uma demissão surpresa, apesar de a empresa ter tido 881 milhões de euros de lucro.