Milhares de cidadãos gregos que vivem fora do país mobilizaram-se nos últimos dias para viajar para a Grécia e poderem votar no referendo deste domingo. Houve até quem antecipasse a viagem de férias.
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Segundo o "El Pais", as companhias aéreas agendaram voos adicionais e encareceram o preço dos bilhetes na sequência da forte procura por parte dos emigrantes gregos que pretendiam regressar ao país para votar no referendo.
Konstantinos Dimitriou, um gestor que trabalha em Singapura, embarcou num voo no sábado e fez uma viagem de 19 horas para chegar a Atenas a tempo de votar "Sim" e aceitar o acordo dos credores internacionais que negoceiam com o governo de Alexis Tsipras. "Todas as oportunidades que tive para melhorar a vida ocorreram em grande parte devido à relação da Grécia com a Europa", sublinhou, citado pela edição online do jornal espanhol.
O padrinho de casamento de Konstantinos também viajou desde Nova Iorque (Estados Unidos) para votar em Atenas, assim como dois amigos do gestor que vivem em Dublin (Irlanda) e na Suécia.
Mas o custo da viagem não está ao alcance de todas as bolsas. Um voo de última hora entre Nova Iorque e Atenas ronda os 1300 euros em classe económica e a partir de 5000 euros em classes superiores. E como o referendo só foi marcado há uma semana não houve hipótese de aproveitar promoções.
Endy Zemenides, diretor do conselho de líderes greco-americanos, revelou que muitos gregos a residir nos Estados Unidos aproveitaram o facto de nesta época de férias ser costume viajarem ao seu país natal e anteciparam a viagem (e as férias) para poderem votar.