O número de trabalhadores da administração pública aumentou no segundo trimestre para 760,7 mil postos de trabalho, crescendo 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
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"A 30 de junho de 2025, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 760.728 postos de trabalho, correspondente a +1,5% (11.030 postos de trabalho) face ao período homólogo", refere a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), elaborada pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
Relativamente ao trimestre anterior, "o aumento foi de 0,2% (+1.692 postos de trabalho)".
O aumento em relação ao segundo trimestre de 2024 deve-se ao crescimento do emprego na administração central, onde se verificou uma subida de 7.483 postos de trabalho, e na administração local, onde houve um incremento de 4.705 trabalhadores.
Em contrapartida, "nas administrações regionais dos Açores e da Madeira e nos Fundos da Segurança Social registaram-se reduções de emprego (-688, -188 e -282 postos de trabalho, respetivamente)", refere a DGAEP.
Na administração central, o aumento face aos meses de abril a junho do ano passado foi de 1,3% e, segundo a direção-geral, teve origem sobretudo nas áreas governativas da saúde, educação, ciência e inovação.
No caso da saúde, registou-se um aumento de 3656 postos de trabalho, "dos quais 1258 na carreira de enfermeiro, 667 na carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica e 606 na carreira de assistente técnico".
Na educação, ciência e inovação, houve um aumento de "3019 postos de trabalho, dos quais 1.125 na carreira de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário, 829 na carreira de assistente operacional e 652 na carreira de técnico superior".
Dos 760.728 trabalhadores das administrações públicas, 62,5% são mulheres e 37,5% homens, indicam os mesmos dados.
Ao todo, há 16.234 dirigentes, dos quais 55,8% são mulheres e 44,2% são homens.
Os dados mais recentes sobre aos salários são referentes ao mês de abril, mês em que a remuneração base média mensal era de 1863,4 euros e o ganho médio mensal era 2223,7 euros.
De acordo com a DGAEP, "este crescimento é resultado da conjugação de vários fatores, tais como: a atualização do valor da Retribuição mínima mensal garantida (RMMG) para 870 euros e do valor da Base Remuneratória da Administração Pública (BRAP) para 878,41 euros, a aplicação das medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e a entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios".