A maioria dos candidatos não está disponível para vagas sazonais e tem "expectativas salariais elevadas", dizem várias fontes ouvidas pelo JN. Há empregadores a atrair talento com prémios de produtividade e subsídios para transporte.
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De fato escuro, com sorriso aberto e resposta na ponta da língua, Beatriz Dourado confessa que lhe disseram que uma das vias mais fáceis para começar a trabalhar no El Corte Inglés seria através de uma candidatura para reforço de Natal. Assim fez. Sem experiência na área, a jovem de 19 anos faz hoje parte da equipa de embrulhos da cadeia de grandes armazéns, que este ano contratou mais de 500 pessoas para trabalhar no período natalício nas lojas de Gaia e Lisboa.
Da logística ao retalho, a dificuldade em captar talento, sobretudo qualificado, tem levado algumas empresas a preparar as contratações no verão e a avaliar os candidatos logo em setembro. Além disso, o mercado competitivo e as expectativas salariais dos trabalhadores exigem uma maior fasquia por parte dos empregadores, que tentam atrair os candidatos com prémios de produtividade e subsídios para transportes. Há quem providencie formação aos recém-contratados antes do Natal.