Os operadores de eletricidade vão ter que reduzir as interrupções superiores a três minutos para clientes domésticos entre 25 e 33%, com maior exigência nas zonas com pior qualidade de serviço, segundo o novo regulamento do setor.
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O novo Regulamento da Qualidade de Serviço do Setor Elétrico (RQS) foi, esta quarta-feira, aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e estabelece "o objetivo de diminuir o número e a duração de interrupções" e "um mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço dirigido à recuperação dos clientes pior servidos".
Para os clientes de Baixa Tensão (domésticos), o regulamento prevê uma "redução da duração média das interrupções longas do sistema" em 33% para as zonas de qualidade C (menor densidade populacional); 29% para as zonas B e 25% para as zonas A (capitais de distrito e zonas de maior densidade populacional).
Para os clientes de Média Tensão (empresariais) pretende-se reduzir a duração média destas interrupções em 30% para as zonas de qualidade C e em 20% para as zonas B, mantendo-se o nível atual para zona A.
Os operadores de redes terão ainda que medir as interrupções breves (menos de três minutos), já que a ERSE entende que "este tipo de interrupções são significativas em termos de número, podendo, no caso dos clientes mais sensíveis, afetar todo o processo produtivo".
A ERSE destaca, no entanto, a evolução positiva das redes elétricas em Portugal ao longo de mais de uma década que permitiu reduzir uma duração média anual de interrupções que chegava quase aos 600 minutos por cliente em 2001, para 150 minutos atualmente.
Apesar desta convergência com a média europeia, o regulador salienta que "é fundamental fazer um esforço para harmonizar o desempenho dos operadores de rede nas diferentes zonas de qualidade de serviço e, desse modo, assegurar uma diminuição das assimetrias existentes".