O membro da comissão executiva da CGTP-IN João Torres estimou, este sábado, que a manifestação do Porto concentrou "entre 50 a 60 mil pessoas", que mostraram assim estar contra a "política desastrosa que o Governo está a impor".
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Contactada pela Lusa no local, fonte da PSP do Porto afirmou que a manifestação terá contado com a presença de cerca de 25 mil pessoas de várias zonas da região Norte.
Em declarações à Lusa, João Torres, que é também coordenador da União dos Sindicatos do Porto, classificou como "inaceitável o que o Governo está a fazer ao país", afirmando que esta manifestação, a par com a de Lisboa, "insere-se na necessidade de dar resposta a esta política de desastre nacional".
Para João Torres, a luta tem que continuar para que seja possível "travar esta política, este rumo de suicídio nacional para onde nos estão a empurrar".
Afirmando que a manifestação "é um sinal inequívoco de que não há resignação", João Torres adiantou que "não estão postas de parte nenhumas formas de luta" e que esta será, inclusive, "agudizada", admitindo a convocação de uma greve geral para breve.
No seu discurso na Avenida dos Aliados, João Torres, disse que "este Governo não tem legitimidade nenhuma para impunemente continuar a assaltar os bolsos dos que pouco ou nada têm para depois encher, com o resultado desses roubos, os cofres dos ricos, poderosos e parasitas".
Os trabalhadores, acrescentou, "não votaram para que lhes roubassem serviços públicos essenciais, como o direito à saúde, à educação, à habitação e o direito à felicidade".
Fazendo um "balanço trágico" dos 100 dias do Governo, João Torres disse que este Governo, "atrelado ao memorando que com o PS assinou com a 'troika', consubstancia uma violentíssima agressão aos interesses do povo e do país".
A CGTP convocou esta manifestação "contra o empobrecimento e as injustiças", porque considera que as medidas de austeridade que têm sido impostas aos portugueses levam à recessão económica e, consequentemente, ao aumento do desemprego e da precariedade.