As categorias de entretenimento e papelaria e de bens de equipamento foram as que sofreram maior quebra de vendas no segmento de retalho não alimentar, anunciou, esta terça-feira, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.
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Segundo o barómetro de vendas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) do primeiro trimestre, o volume de vendas de retalho não alimentar recuou 8,6% no primeiro trimestre, face a igual período de 2011, para 1.914 milhões de euros.
"Há categorias de produtos em que as suas vendas caíram um quarto", sublinhou a diretora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais, durante a apresentação do barómetro.
A categoria entretenimento e papelaria foi a que sofreu maior quebra, com as vendas a recuarem 24%, para 76 milhões de euros.
As vendas de papelaria caíram 21,9%, para 12 milhões de euros, enquanto o entretenimento registou uma quebra de 23,9%, para 64 milhões de euros.
Os bens de equipamento foram a categoria com maior queda, já que as vendas decresceram 15,3%, pra 432 milhões de euros.
Dentro deste item, a linha branca foi a que mais sofreu com a quebra do consumo, com as vendas a diminuírem 24,3% (para 94 milhões de euros), seguida das vendas de pequenos eletrodomésticos, que recuaram 19,8% (47 milhões), e da informática, que inclui os 'tablets', com um decréscimo de 17,2% (127 milhões).
As vendas de telecomunicações caíram 7,8%, para 41 milhões de euros, enquanto a eletrónica de consumo sofreu a menor quebra, ao recuar 4,1%, para 123 milhões de euros.
Na linha branca, o preço médio diminuiu 3,5% entre janeiro e março deste ano, mas apesar disso as vendas continuaram a cair, o que demonstra "que o preço já não segura o mercado", disse a diretora-geral.
Neste período, as vendas de máquinas de lavar roupa caíram 25%, as de máquinas de lavar loiça 27%, enquanto os frigoríficos recuaram 20%.
Na eletrónica de consumo, o preço médio caiu 37,5%.
No primeiro trimestre, as vendas de televisões de ecrã plano e câmaras digitais caíram 11 e 18%, respetivamente, enquanto as de software e consolas recuaram 34 e 29%.
As vendas de livros sofreram uma quebra de 13%.