Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças, não ficou surpreendido com os reparos de Bruxelas sobre o orçamento e diz que há temas que carecem de mais informação.
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Ficou surpreendido com o tom e o teor dos reparos e do pedido de explicações que a Comissão Europeia fez a Portugal?
Não. A Comissão Europeia tem de fazer o acompanhamento da situação orçamental dos estados-membros, em especial dos que estão em procedimento por défices excessivo e que estiveram sob ajuda financeira externa. Há um quadro de regras estabelecidas que define valores mínimos para a redução do défice estrutural e que, ao não ser cumprido, suscita a reação da Comissão Europeia. A regra é que o ajustamento estrutural seja de 0,5 pontos percentuais do produto interno bruto (PIB) e, perante o cenário macroeconómico enviado por Portugal, que fica aquém desse objetivo, era de esperar este pedido de esclarecimento.