Espanha garante não ter pedido teleconferência e está a estudar o relatório do FMI
O Governo espanhol garantiu, este sábado, não ter solicitado a teleconferência dos ministros das Finanças e Economia da zona euro e afirmou que está a estudar detalhadamente o relatório do FMI, que considera "globalmente positivo".
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Fonte do gabinete de Mariano Rajoy, o presidente do Governo, disse à Lusa que "ainda é cedo para especular" sobre o que possa sair da reunião desta tarde de tarde, recordando que "há que esperar algumas horas".
Espanha prefere ouvir as opiniões dos parceiros da zona euro antes de tomar uma decisão formal sobre o formato e valor do eventual pedido de ajuda para o setor bancário, definido nos últimos dias como um "resgate suave".
Nas mãos do executivo está o relatório do FMI, divulgado esta madrugada (hora de Madrid) - três dias antes do previsto - e onde se estima que o setor bancário espanhol necessite de 40 mil milhões de euros de injeção de capital.
Em geral, disse a fonte, o relatório é "globalmente positivo", destacando que os problemas afetam apenas "30 por cento do setor bancário", nomeadamente entidades que já receberam ajuda ou foram alvo de intervenção.
"O relatório considera positivas as medidas adotadas até agora, como os decretos da reforma financeira, que permitem prevenir situações idênticas no futuro, e também o exercício de transparência com o pedido de avaliação a entidades internacionais independentes", disse a fonte.
A mesma fonte disse não estar prevista qualquer declaração do presidente do Governo espanhol hoje, explicando que "dependendo do que saia da teleconferência" marcada para as 15 horas, hora de Portugal continental (16 horas em Madrid) poderá haver alguma declaração do Ministério da Economia.
Os ministros das Finanças dos países da zona euro vão reunir-se numa conferência telefónica às 15 horas para debater com a Espanha os moldes em que o país vai pedir ajuda financeira internacional para recapitalizar a banca, noticia a France Press.
De acordo com esta agência de notícias, a reunião servirá para acordar uma declaração, na qual a Espanha mostrará a intenção de pedir ajuda financeira internacional, um pedido que será aceite pelos parceiros europeus, de acordo com fontes de vários governos.
O pedido de ajuda externa surge no mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional divulgou que a sua estimativa sobre as necessidades de recapitalização da banca espanhola chegam aos 40 mil milhões de euros.